Disgrafia e Disortografia

Disgrafia

A disgrafia é também chamada de letra feia. Isso acontece devido a uma incapacidade de recordar a grafia da letra. Ao tentar recordar este grafismo escreve muito lentamente o que acaba unindo inadequadamente as letras, tornando a letra ilegível.  Algumas crianças com disgrafia possuem também uma disortografia amontoando letras para esconder os erros ortográficos. Mas não são todos disgráficos que possuem disortografia.
A disgrafia, porém, não está associada a nenhum tipo de comprometimento intelectual.

Características
Lentidão na escrita.
Letra ilegível.
Escrita desorganizada.
Traços irregulares: ou muito fortes que chegam a marcar o papel ou muito leves.
Desorganização geral na folha por não possuir orientação espacial.
Desorganização do texto, pois não observam a margem parando muito antes ou ultrapassando. Quando este último acontece, tende a amontoar letras na borda da folha.
Desorganização das letras: letras retocadas, hastes mal feitas, atrofiadas, omissão de letras, palavras, números, formas distorcidas, movimentos contrários à escrita (um S ao invés do 5 por exemplo).
Desorganização das formas: tamanho muito pequeno ou muito grande, escrita alongada ou comprida.
O espaço que dá entre as linhas, palavras e letras são irregulares.
Liga as letras de forma inadequada e com espaçamento irregular.
*O disgráfico não apresenta características isoladas, mas um conjunto de algumas destas citadas acima.

Tipos
Disgrafia motora (discaligrafia): a criança consegue falar e ler, mas encontra dificuldades na coordenação motora fina para escrever as letras, palavras e números, ou seja, vê a figura gráfica, mas não consegue fazer os movimentos para escrever
Disgrafia perceptiva: não consegue fazer relação entre o sistema simbólico e as grafias que representam os sons, as palavras e frases. Possui as características da dislexia sendo que esta está associada à leitura e a disgrafia está associada à escrita.

Recomendações
O tratamento requer uma estimulação lingüística global e um atendimento individualizado complementar à escola.
Os pais e professores devem evitar repreender a criança.
Reforçar o aluno de forma positiva sempre que conseguir realizar uma conquista.
Na avaliação escolar dar mais ênfase à expressão oral.
Evitar o uso de canetas vermelhas na correção dos cadernos e provas.
Conscientizar o aluno de seu problema e ajudá-lo de forma positiva.
Incentivar atividades motoras amplas e manuais.

Disortografia
Até a 2ª série é comum que as crianças façam confusões ortográficas porque a relação com os sons e palavras impressas ainda não estão dominadas por completo. Porém, após estas séries, se as trocas ortográficas persistirem repetidamente, é importante que o professor esteja atento já que pode se tratar de uma disortografia.
A característica principal de um sujeito com disortografia são as confusões de letras, sílabas de palavras, e trocas ortográficas já conhecidas e trabalhadas pelo professor.

Características
Troca de letras que se parecem sonoramente: faca/vaca, chinelo/jinelo, porta/borta.
Confusão de sílabas como: encontraram/encontrarão.
Adições: ventitilador.
Omissões: cadeira/cadera, prato/pato.
Fragmentações: en saiar, a noitecer.
Inversões: pipoca/picoca.
Junções: No diaseguinte, sairei maistarde.

Recomendações
Estimular a memória visual através de quadros com letras do alfabeto, números, famílias silábicas.
Não exigir que a criança escreva vinte vezes a palavra, pois isso de nada irá adiantar.
Não reprimir a criança e sim auxiliá-la positivamente.

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