O que é epilepsia?

O que é uma CRISE EPILÉPTICA?
É uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro. Durante alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local ou espalhar-se. Há casos em que a crise pode durar horas ou até dias apesar do tratamento adequado, sendo então classificado com estado epiléptico. Se o descompasso elétrico ficar restrito, a crise será chamada focal (parcial); se envolver os dois hemisférios cerebrais, generalizada. Por isso, algumas pessoas podem ter sintomas mais ou menos evidentes de crise epiléptica, não significando que o problema tenha menos importância se a crise for menos aparente. As crises convulsivas, são todas as crises epilépticas que se apresentarem com algum tipo de contração muscular, pois há crises epilépticas não convulsivas que podem ser como por exemplo uma ausência (desligamento), uma sensação tátil diferente, uma sensação visual ou auditiva por exemplo também podem ser manifestação de crise epiléptica não convulsiva.

Existe uma faixa etária mais predisposta a ela?
Depende da causa, mas de uma maneira geral são mais comuns na infância, em função da própria imaturidade cerebral. Crise epiléptica em adolescentes ou adultos tem mais chance de estarem associadas a alguma outra doença mais grave, em que a epilepsia é um sinal.

Quais são suas causas?
Muitas vezes, a causa é desconhecida (chamada idiopática), mas pode ter origem em traumas cranianos, problemas na hora do parto, abusos de álcool e drogas, tumores, doenças metabólicas e outras doenças neurológicas também facilitam o aparecimento da epilepsia. Existe um tipo de crise, que é chamada de crise febril, que ocorre em crianças saudáveis e na grande maioria das vezes é benigna.

Como pais e cuidadores devem agir em uma situação de convulsão?
NO MOMENTO DA CRISE: Se a crise durar menos de 5 minutos e você souber que a pessoa é epiléptica, não é necessário chamar um médico. Acomode-a, afrouxe suas roupas (gravatas, botões apertados), coloque um travesseiro sob sua cabeça e espere o episódio passar. Mulheres grávidas e diabéticos merecem maiores cuidados. Depois da crise, lembre-se que a pessoa pode ficar confusa, sonolenta ou agitada.
– mantenha-se calmo, não se apavore
– acalme-a ou leve-a para casa.
– coloque algo macio sob a cabeça da pessoa para protegê-la de batidas contra o solo
– deite-a de lado para facilitar a respiração e o escoamento da saliva
– não coloque nada em sua boca
– não tente segurar a língua, pois ela não enrola
– não dê nada para ela beber ou cheirar
– não tente conter seus movimentos
– fique a seu lado até que ela se recupere. Algumas pessoas ficam confusas e sonolentas após a crise
– se a crise durar mais do que 5 minutos, procure atendimento médico.

NUNCA esqueça que o epiléptico é uma pessoa como qualquer outra. Nos aspectos mais importantes da vida, o epilético, como todos os outros, tem suas limitações, necessidades e algo a oferecer.
Fonte: Liga Brasileira de Epilepsia

Quais são os tratamentos?
Depende da causa, mas na grande maioria dos casos, quando estiver indicado, são usadas medicações antiepilépticas. Em casos de doenças metabólicas pode-se usar alguma suplementação vitamínica, em casos de epilepsias refratárias há possibilidade de dieta especiais que ajudam a diminuir as crises, e em casos que exista uma lesão cerebral localizada provocando uma epilepsia difícil de controlar, pode-se recorrer ao tratamento cirúrgico.

A criança que tem convulsão uma vez, vai ter sempre?
Depende da causa, mas em geral é o contrário, na maioria dos casos não há recorrência, exceto nos casos em tenha alguma doença ou lesão cerebral associada.

Há algo que possa ser feito para evitar esse quadro?
A prevenção deve ser evitar qualquer agressão ao sistema nervoso central, então se deve buscar fazer um pré-natal adequado, ter uma assistência pediátrica no hora do nascimento, fazer o teste do pezinho (pois ele pode identificar as doenças metabólicas mais comuns que podem causar epilepsia), realizar todas as vacinas (pois as infecções podem causar quadros de meningites ou encefalites que podem deixar seqüelas e consequentemente epilepsia), prevenção de traumatismo de crânio por  acidentes domésticos e de trânsito. Mas infelizmente, tem muitos casos de epilepsia que não tem como ser previnidos, pois podem aparecer em qualquer idade, nesses casos deve-se buscar atendimento e acompanhamento médico.  O uso regular da medicação e um sono adequado são fundamentais para quem já está em tratamento.

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